O Olímpico e Maurício Saraiva
qua, 19/09/12
por mauricio.saraiva |
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Aniversário de um templo do futebol brasileiro,
a quarta-feira marca o último parabéns a você do Estádio Olímpico. Eu o
frequento desde antes de virar Monumental. Como não poderia deixar de
ser, na minha infância eu não torcia para o juiz. Nascido em Porto
Alegre, é evidente que tinha um time de coração, algo que simplesmente
descoloriu à medida em que virei profissional do que antes era só prazer
e divertimento. Então, leitor, eu ia ao Olímpico ainda sem cobertura ou
na torcida azul cotidianamente ou na vermelha em dia de grenal. Quando
passei a fazer do futebol minha sobrevivência, o estádio Olímpico virou
uma das minhas salas de trabalho, assim como o Beira-Rio. Não são poucas
as grandes jornadas de que participei na residência dos gremistas.
Lembro de uma transmissão da qual não pude participar, ainda em outra emissora, 1995, final da Copa do Brasil. Era um inverno furioso, minha voz foi embora de manhã e não voltou até a hora de Grêmio x Corínthians. O que era para ter visto in loco, tive que ver na televisão. Outra lembrança extraordinária foi a cobertura da final do Brasileirão 1996. O Grêmio vencia a Portuguesa por 1×0, precisava de mais um gol e não estava conseguindo nem criar chances para isso. O cinegrafista que me acompanhava, Claudinho Fernandes, já tinha colocado a câmera para baixo, saímos de trás do gol de Clemer e caminhávamos na direção do vestiário do Grêmio para fazer a reportagem do que parecia ser uma decepção colossal. Então, Carlos Miguel alçou a bola do grande círculo e pedi ao Claudinho que mobilizasse a câmera pela última vez. O talentoso cinegrafista gravou o gol por ângulo exclusivo e ainda teve a sorte de ver Aílton correr em sua direção batendo no peito e gritando para a torcida das sociais ”bate palma pra mim, bate palma pra mim”. A reportagem ficou ótima, o que era para ser velório virou bailanta gaúcha. Outros tantos momentos estão registrados indelevelmente em minha memória de jornalista esportivo apaixonado pelo que faz, mas parte dela já se desloca para o que será uma casa nova e espetacular, a Arena. Penso na primeira transmissão que farei na cabine do novo estádio, a alegria de ver um clube avançando sobre a própria história para tornar-se ainda maior.
Parabéns a quem idealizou o Olímpico nos anos 50, a Hélio Dourado que melhorou e ampliou o estádio reinaugurado em 1980 e a todos os anônimos torcedores que frequentam o Olímpico desde sempre. Sou feliz de ter o estádio Olímpico como parte importante de minha trajetória profissional. Aliás, quero refazer a frase do início deste texto em que referia um “último parabéns a você” para a casa dos gremistas. O aniversário do Olímpico, na verdade, será comemorado para todo sempre.
Lembro de uma transmissão da qual não pude participar, ainda em outra emissora, 1995, final da Copa do Brasil. Era um inverno furioso, minha voz foi embora de manhã e não voltou até a hora de Grêmio x Corínthians. O que era para ter visto in loco, tive que ver na televisão. Outra lembrança extraordinária foi a cobertura da final do Brasileirão 1996. O Grêmio vencia a Portuguesa por 1×0, precisava de mais um gol e não estava conseguindo nem criar chances para isso. O cinegrafista que me acompanhava, Claudinho Fernandes, já tinha colocado a câmera para baixo, saímos de trás do gol de Clemer e caminhávamos na direção do vestiário do Grêmio para fazer a reportagem do que parecia ser uma decepção colossal. Então, Carlos Miguel alçou a bola do grande círculo e pedi ao Claudinho que mobilizasse a câmera pela última vez. O talentoso cinegrafista gravou o gol por ângulo exclusivo e ainda teve a sorte de ver Aílton correr em sua direção batendo no peito e gritando para a torcida das sociais ”bate palma pra mim, bate palma pra mim”. A reportagem ficou ótima, o que era para ser velório virou bailanta gaúcha. Outros tantos momentos estão registrados indelevelmente em minha memória de jornalista esportivo apaixonado pelo que faz, mas parte dela já se desloca para o que será uma casa nova e espetacular, a Arena. Penso na primeira transmissão que farei na cabine do novo estádio, a alegria de ver um clube avançando sobre a própria história para tornar-se ainda maior.
Parabéns a quem idealizou o Olímpico nos anos 50, a Hélio Dourado que melhorou e ampliou o estádio reinaugurado em 1980 e a todos os anônimos torcedores que frequentam o Olímpico desde sempre. Sou feliz de ter o estádio Olímpico como parte importante de minha trajetória profissional. Aliás, quero refazer a frase do início deste texto em que referia um “último parabéns a você” para a casa dos gremistas. O aniversário do Olímpico, na verdade, será comemorado para todo sempre.
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